sábado, 17 de novembro de 2012

Meus passos




Os poucos passos que dei
Trouxeram-me até hoje
Os que não dei, também.
Metade resvalou-se
Por erros (in)conscientes,
Salutar inexperiência!
Os outros,
Não é porque não existiram
Que foram malogrados
Muito menos em vão.
Em vão foram inexistindo
(iminentes em mim)
Para serem, depois,
Tirados no momento
Em que o vão
Torna-se corredor
Ponte que aponte
Para pontes
Que puntiformemente geram
Passos assertivos, pontiagudos
Como Dardos que
Por caírem de insucesso
Aprimoram-se até o menor campo furtivo

Presente adornado de laços
Abraços, amassos
E beijos que dei,
Nem sempre dados
Outrora roubados, recebidos
Passados, esquecidos
No entanto,
Beijados.

Meus passos são passos que não são
São beijos abraços
Dizeres
Não-dizeres
Coisas e não-coisas
Nada.

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