sábado, 20 de outubro de 2012

Até QUANDO?

A verdade é triste. Uma novela mobiliza um país inteiro ao passo que uma ação voluntária, um texto imbuído de carga intelectual, uma atitude digna de apreciação se desvanecem sem importância, por preguiça, pura cólera. Até quando falsos moralistas, indivíduos descompromissados determinarão o futuro de uma nação? Até quando conviveremos com a conduta corrupta, com impunidades e manipulações? Até quando terei de escrever isto sabendo que ninguém dará atenção??? O Brasil está enfermo...

Pena de quê?

Eram exatamente dez e trinta e cinco.
Eu batia rapidamente as pernas
E deslizava.
Parecia velejar sem ondas no mar,
Sem maremoto, chuva ou pesar...

Imbuído de novo pensar,
Eu ia.
E, por mais que eu fosse,
Eu sentia
O filho do pobre a chorar,
A herança do rico
Pro gato, a miar!

Onze e meia.
Pelejava escrevendo...
Outro caso ignorado
Por quem pode mudar
E só pensa em sanar
Seus desejos mesquinhos.
E faz-se o desandar

Sei que o mundo não dá
O que fazes a chorar, a suar, a sangrar, a morrer
A penar...
Pena de quê ? - diz o atroz embebido
Com seu hiate, vulgo de Partido,
Que acaba de aportar...

Gabriel França

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

NadaInteressante!


Ontem, um amigo me enviou uma matéria onde a tatuagem é colocada como foco de uma constatação pobre e fútil.  O texto refere-se à capacidade profissional APARENTE que o indivíduo da área da educação assume ao possuir uma tatuagem, partindo do ponto de vista dos estudantes. Não desconsidero o estudo que foi realizado para tal avaliação porque nada é em vão. E também friso a palavra “aparente” – bem posicionada, por sinal – porque sei da impossibilidade de julgar alguém pelo simples desenho que se carrega no corpo(apesar de, ainda assim, existir quem julgue). Toda exteriorização carrega consigo uma reflexão inicial que agrada ou encoleriza. A mim, não agradou. A começar pelo título descompromissado com a verdade:  “Desempenho dos alunos é melhor se o professor tem tatuagem”. Isso é menosprezar o intelecto humano mais mediano que seja. E o corpo do texto não convence. Registro aqui minha insatisfação pela matéria.
Sei que me chamarão de radical, severo, drástico ou sei lá mais o quê! Não sou contra tatuagem, e blá blá blá. Mas, sinceramente, essa matéria não acrescenta e não multiplica. É NadaInteressante!
Não tenho nada contra a renomada revista. Pelo contrário, tenho enorme gratidão, não é de hoje, por todas as publicações que são realizadas pela importantíssima Editora Abril. Mas nem “tudo é flores”, como disse Gonçalves Dias! Dessa vez, de fato, não foi.