sexta-feira, 21 de setembro de 2012

ROTULADORES ANÊMICOS


Hoje estive num comício e quero transmitir o seguinte texto: "A diferença é que nessa eleição temos a possibilidade de uma nova alternativa, que traz a certeza de que nada deve parecer natural. A Primavera Carioca é uma resposta da militância que acredita em seu ideal e por isso NÃO GANHA UM REAL para estar nas ruas" - A Lapa guardou intensamente essa sexta-feira, dia 21/09/2012. E vale lembrar: sem financiamento de empreiteiras. A Lapa guardou. Ela sempre guarda. É natural que, para uns, teve repercussão positiva e coberta de ímpeto transformador, ao passo que, para outros, sequer houve importância. 
Antes de ir ao comício, eu estava numa rua com um colega que virou e disse: "Lá vai os anarquistas". Por isso estou aqui. Talvez isso tenha me chocado. Primeiro porque rótulo é nefando, visto que sempre são ditos sem nenhum esforço mental, sem conhecimento prévio. Segundo porque o certo é: "Lá vão".
Antes de tudo, não estou defendendo partido político ou propagandeando quem quer que seja. Me refiro, sim, à política, pois ao contrário do que muitos dizem, ela é discutível. Meu foco é o sujeito que rotula e, claro, a Literatura. 
Rótulos são facilmente construídos, mas o maior rótulo envolve o rotulador. Aquele que rotula por rotular e não sabe o efeito de suas palavras. Muitas vezes ele nem conhece a palavra. O governo ainda não proporcionou. Em outros casos, proporciona. E, ainda assim são rotuladores anêmicos, pois falta-lhes conhecimento que, por sinal, está cada vez mais disponível. Falta-lhes ferro. Não é de hoje que cada um conclui o que quer. Outros não concluem nada. O diálogo existe e a conduta não deve tornar-se luta armada. Tem gente que nem sabe o que lê. É proposital. Sabendo ler, saberão MUITO.  É assim que tudo segue, ou melhor, não segue.
Reforço a exposição com linda passagem de um poeta engajado numa poesia social e lúdica que há de se relembrar:
“Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!”
Mário Quintana

PENSAR É EXISTIR. E O QUE É EXISTIR PARA VOCÊ?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dia do irmão(ã)!

No dicionário, "irmão" ou "irmã" (do latim germanum), é aquele que é filho do mesmo pai e da mesma mãe, ou só filho do mesmo pai, ou só filho da mesma mãe - biológica ou adotiva. Também pode-se chamar de irmão aquele com quem estabelecemos forte laço de amizade, tendo o mesmo significado de amigo.
A comemoração do "Dia do Irmão" acontece todos os anos, no dia 05 de setembro. Data escolhida no falecimento de Madre Teresa de Calcutá, grande ícone do Bom Samaritano.

Irmãos são amigos que crescem conosco, aprendem e ensinam. Alguns ainda dividem o parto. Outros nascem primeiro e preparam o lar para nos receber. Alguns não preparam nada. A recepção ocorre desprevinidamente, como foi meu caso. E nem por isso deixei de ser bem recebido.
Assim que nasci, minha mãe sofreu uma fratura e precisou de operação. Com isso, minha irmã foi também mãe-provisória.
Se preocupar, sair, rir, apoiar, presentear são verbos importantíssimos para a conjugação da irmandade. Me refiro ao presentear no sentido figurado. A presença é o maior presente, a maior confirmação de afeto. O irmão ou a irmã que também quiser conjugar o verbo dando ênfase na prenda, fica a critério. (Tablet Samsung Galaxy P5100 com Android 4.0, Wi - fi e 3G).
- Brincadeira, é claro. hahaha

Irmã, sinta-se beijada. Quero que você seja muito feliz. Estou contigo e não abro.

Já dizia Madre Teresa de Calcutá:
"Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso."

Esse amor que tentei expressar deve existir entre todos os seres humanos, independente da compatibilidade sanguínea, e sim, a favor da origem humana, que é igual para todos. 

sábado, 1 de setembro de 2012

Primeiro de Setembro


A Urca até parece
Uma ilha
De camursa
Onde sinto-me turista
No cafofo
De uma musa.
Esqueço das agruras
E velejo livremente,
De alma pura

Minha irmã branca
Feito neve
Come tapioca
Como quem sai da oca
E diz baixinho:
Na Urca
Até vale um puxadinho

Agora estou em casa
Coberto de beleza.
 É 1º de setembro
E da Urca, tenho certeza,
Já me sinto um tanto membro.